domingo, 23 de outubro de 2011

A single tear...


A verdade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos...” – Luise Miranda

Inspirada por essa frase, comecei e refletir e a modificar ela dentre meus devaneios dominicais.

Troquei o “que” de lugar (“A verdade é que um sentimento quando não cabe no coração, escorre pelos olhos...”) e Bang:

Uma frase simples e profunda.

Nós (penso eu) guardamos apenas uma coisa dentro de nossos corações. Nada mais.

Guardamos no fundo do peito uma das armas mais poderosas que poderíamos ter, o amor.

Ele entra em nossos corações através, inicialmente, de nossos pais e conforme o tempo vai passando aprendemos a cultivá-lo dentro de nós e no coração dos outros.

Nando Reis disse “Tornar o amor real é expulsá-lo de você, prá que ele possa ser de alguém...” E só dessa maneira ele seguirá ir crescendo e enchendo nossos corações.

Só que no meio desse caminho, muitas coisas acontecem. Você nem sempre quem planta amor o colhe. Nem sempre é recíproco. Nem sempre é feliz.

Vêm então sentimentos que você, muitas vezes, não está preparado para sentir e simplesmente não tem onde os colocar.

Vêm a saudade, vem a frustração, a desilusão, vem qualquer tipo de dor e o que ela atinge? O coração.

Esses sentimentos vêm como se fossem foguetes e atravessam os pulmões como uma flecha causando dor instantânea no peito e grande falta de ar.

Eles querem de qualquer maneira penetrar no órgão mais puro, que guarda a beleza de todo o sentimento.

Quando conseguem, aquele amargo na garganta passa a ser contínuo no dia a dia, e o ódio e o rancor tomam conta e envenenam o coração antes sadio.

Quando não conseguem, esses sentimentos tão expelidos de nosso corpo através das lagrimas. Elas lavam a alma e levam embora parte do que consome nosso peito em dor.

Enfim, levei um bom tempo para refletir que chorar faz bem.