Tenho
sentido ultimamente que ninguém mais quer se envolver em coisa alguma.
As
pessoas se aproximam da vida dos outros com o intuito de viver o momento,
conhecer o outro apenas por conhecer.
Sem pretensões,
elas vêm e vão embora.
Quando
se permitem ficar, é por uma brevidade de interesses. Logo aparece algo novo, inexplorado
e o outro é deixado de lado. As
vezes vira amizade, as vezes nem isso.
Sem paciência
para ficar, para entender, para apoiar, para de fato amar. Simplesmente se
cansam do que já não é mais novo e se vão.
Mas
seguem insistindo em querer um grande amor, em querer viver uma historia de
cinema e encontrar a alma gêmea, sem se permitir sequer gostar de alguém. Sem se permitir sentir. Sentir saudades, sentir ciúmes, sentir-se amado.
Afinal
“não precisamos disso”, somos todos tão fortes, independentes e cheios de amor
próprio não é mesmo?!
São poucos
os que têm coragem de se entregar, os que não têm medo de sofrer (mais uma vez)
se for preciso. De remendar o coração cheio de feridas, deixar as dores no passado
e se abrir para novos amores como se fosse a primeira vez.
Mas eu me fecho, você
se fecha e nossas vidas seguem no maior nível de superficialidade que somos
capazes de manter.