quinta-feira, 11 de março de 2010

Pipoca, Zombie e Devaneios...

Na semana passada eu e uma amiga resolvemos fazer um Cooper até o Bourbon, comer alguma porcaria cara e gostosa pra repor as calorias do “Cooper”, por a conversa em dia e aproveitar que quinta é mais barato que sexta para olhar algum filme no cinema.

O filme que eu quero muito ver ainda não está em cartaz - “Alice no País das Maravilhas” de Tim Burton – então, antes de sairmos de casa, dei uma olhada na internet para ver os filmes que estavam em cartaz. Depois de ver num site traillers de filmes como o do Amor Sem escalas
, Simplismente Complicado e Um Olhar do Paraíso, cheguei a um filme que despertou o meu já adormecido lado moleque de ser: Zombieland.

Este é tipo de filme que a maioria das meninas evitam. Zombies correndo atrás de seus órgãos (isto mesmo, nada só de cérebro, a situação ta tão preta que eles tão aproveitando tudo: dedo, tripa...) e gritando enquanto cospem vomito e sangue ao mesmo tempo.

Para quem gosta de filmes trash, tipo terror-comédia, vai adorar este filme, apesar de ser idiota é surpreendentemente divertido. Valeu cada pila dos 5 que gastei na entrada.

Uma das coisas que diferencia o filme da maioria nessa escala de mortos-vivos-famintos é a lista de sobrevivência do garoto Columbus, itens que você realmente pode levar para o seu dia-a-dia na cidade.

A 1ª regra da lista: “Cardio”*- Acrescente ao sair quase meia noite do cinema, alguns moradores de rua pedindo dinheiro, um trio de caras viciados (falando em voz alta onde teriam que ir pra conseguir tal droga), um mendigo meio bêbado pedindo cigarro e chamando a gente de “madame” e uma parada de ônibus a 500 m de distancia.
*Condicionamento físico. Sem duvida é o que 2 garotas na faixa de 20 anos mais precisam ter.

Regras como a 3ª Seatbelts (cinto de segurança), a 6ª Travel in a Group (viajar em grupo) e a 17ª Don't Be a Hero (não bancar o herói) podem ser aplicadas em nosso cotidiano sem necessidade de exemplos, tamanha é a violência, o stress e as maluquices que a gente vê por ai.

Outras duas regras me chamaram atenção.

Regra nº5: No Attachments** - Todos nós seres humanos nos apaixonamos um dia. Há quem diga que amamos de verdade apenas uma vez na vida. Discordo. A gente ama uma vez na vida, os outros amores que vierem vão ser sempre diferentes, amor não se compara. Comparam-se as pessoas, o amor não. Existem, é claro, atitudes que não devem ser tomadas caso você deseje não se apaixonar, ou que não se apaixonem por você.
A regra é não se apegar**. Então evite gentilezas, ou desconfie delas:

“- Ahh a única gentileza que o Lucas já fez para mim foi me deixar passar na frente dele na escada rolante ontem.


-Porque ele queria ver tua bunda.”

Na pior das hipóteses apele pra religião:

“Depois de uma briga em que sua amiga é chamada de A dona da verdade, você se vira para ela (na frente dele) e fala:

- Maria, isso só acontece porque tu não tens Deus no coração.”


Eu poderia ficar horas aqui divagando sobre a regra nº 5, mas vamos para a regra final deste texto e talvez a mais importante delas (regra para a qual eu seria capaz de dedicar de bom grado outro texto ainda maior sem esforço algum).


Regra nº32: Enjoy the little things – Aprecie as pequenas coisas . Uma regra para ser usada na cidade grande, na rua, na chuva, na fazenda, na casinha de sapê (hummm), tendo ou não zumbis soltos por ai.

O filme que mostra cidades desertas, deixa bem claro que não adianta ter um mundo todo para si e não ter com quem dividir seus momentos nele. A importância da amizade, o valor dos momentos que passamos ao lado de quem a gente gosta. A felicidade está nas pequenas coisas, ou seja, em tudo que existe.

Seja para comer porcarias, ver um filme bobo, correr de ladrões, viciados e mendigos tarados, dormir pouco ou apenas ficar sentada comportadamente conversando. O importante é estar em boa companhia e apreciar as pequenas coisas, pois são elas que nos darão bons momentos, os bons momentos deixarão boas lembranças e as boas lembranças serão sempre a base para uma vida feliz.





P.S. Se a menina não estiver gostando do filme pode paquerar algum bonitinho da poltrona ao lado, meninos não vão faltar na sala (o difícil será eles deixarem de olhar o filme para repararem em você)...^^

terça-feira, 2 de março de 2010

Sonho Nosso de Cada Dia (Parte II)...


Tem alguns tipos de sonho para o qual eu ainda não achei definição, que são aqueles de nudez, de “flash back” e de morte.

Sonhar que se está nu em algum lugar publico, ou que perdeu as calças em algum lugar e não consegue achá-las; na maioria das vezes você simplesmente percebe que está sem roupa, mas não sabe como isso foi acontecer.

Sonhar algo e depois de dias voltar ao mesmo sonho; uma vez sonhei que eu tinha tido um filho (sem ficar grávida nem nada, apenas tive um filho, ele brotou simplesmente do meu lado), passaram-se dias e numa outra noite qualquer me lembro (no sonho) “Meu Deus! Meu filho, onde será que eu o deixei?”. Lembrei-me que havia deixado ele deitado no meu bidê, fui conferir e lá estava a criança, levei o bebê às pressas para o hospital (pois estava a uma semana sem comer ou qualquer outra coisa), lá um médico falou que a criança tinha morrido, eu chorava apavorada que tinha matado meu filho por esquecer dele no bidê ao lado da cama (ninguém parecia se importar com o fato ocorrido) e minha família parecia dar mais importância à novela das 19h.

E por fim sonhar que alguém querido morreu, ou pior, sonhar que você morreu. Eu já tive um sonho assim, na real um sonho muito estranho e criativo que era mais ou menos assim:
Sonhei que eu estava num ônibus e, distraída, passei da minha parada. Sai correndo pra descer, no caminho derrubei uma mulher, quando cheguei na frente da porta para descer o motorista saiu da sua cadeira, largando direção e tudo mais, para ir lá levantar a mulher. Eu olhei para frente (apavorada) e vinha vindo uma curva, mas era como se fosse uma curva em uma ponte alta e sem nenhuma proteção; enquanto o motorista voltava calmamente ao seu posto eu pensei “não vai da tempo dele virar”, e a gente caiu.
Quando caímos já não era mais um ônibus, era uma combe branca (e isso fazia todo sentido na hora), eu tava sentada na frente e pensei “vou sair pela janela, porque se eu ficar aqui dentro vou morrer junto com todo mundo, coloquei os braços para fora, quando pus a cabeça vi que nos aproximávamos de muitas arvores juntas, que ficavam maiores a medida que caiamos (olha a altura da combe ). Então tudo ficou branco....
Quando dei por mim estava na beira de uma estrada, meio machucada, então apareceram dois amigos meus e mais um guri q eu nunca vi mais gordo.Eu contei sobre a combe, e um deles (Gustavo) foi lá ver o que tinha acontecido (Adentrando na mata fechada, cheio de coragem). Nisso já estávamos na casa de uma guria com um pessoal estranho (da família de uma guriazinha que tava no ônibus (combe). O Gustavo volta falando “É, estavam todos lá”. Ai falei “Como assim todos? Eu tava lá? ”, e ele “Sim, sim, com os braços assim (mostrou uma posição de braços pra frente), nem sei como tu foi para tão longe”.Ai eu entrei em desespero, “meu Deus será que eu to morta e não sei, será que eu to falando com eles porque eles podem ver gente morta?”, pensei comigo mesma....
Então saímos de lá e fomos para casa do meu outro amigo (que não era igual a casa dele de verdade). Lá estavam a mãe dele, a irmã e o pai, todos saindo de carro. Eu sai para falar com eles pensando “quem sabe ses eles me virem é sinal de que não estou morta”, pensei. Sai correndo aos tropeços, abanando freneticamente e quando cheguei em frente ao carro só o pai dele me abanou de volta, pensei: “Bah, então talvez eu esteja morta mesmo e só o pai dele é capaz de me ver”. Pois sua mãe e irmã olhavam para um ponto fixo do meu lado e não para mim.Comecei a fica muito preocupada, nisso já estávamos na casa da Kaká (minha prima), só que, claro, uma casa que não era a dela (porque é sempre assim nos meus sonhos?).Estávamos lá, eu resolvi sair pra arejar a cabeça, tava ficando louca com a historia de morte, perguntei pra Kaká se ela tinha visto algo na teve e ela falou que não (O pior era que só eu parecia me importar com o fato de eu estar morta).
Ai quando eu voltei, pensei “vou entrar na internet, vou procurar no Google, é certo que vai ter algo sobre, ai vou saber se morri ou não”.
Peguei um telefone emprestado pra ligar para um amigo meu que tinha internet em casa, tava procurando o telefone dele, mas só apareciam na tela musicas do Xitãozinho e Xororó. Depois eu to em casa jogando Mario com meu sobrinho (e o sonho passa a ser outro, do nada)...

Dizem que o “Livro dos Sonhos” de Jack Kerouac é uma autobiografia da alma, um On the road do inconsciente. Quando a gente dorme nossa mente subconsciente desperta e através de nossos sonhos nos revela outro mundo, um outro “eu”.

Dormir não é só uma necessidade física em minha opinião, é também uma necessidade espiritual. Então não importa qual o tipo, tamanho, intensidade, ou cor... Nunca deixe de sonhar. =)




P.S. "Os sonhos são ilustrações... do livro que sua alma está escrevendo sobre você." - Marsha Norman

segunda-feira, 1 de março de 2010

Sonho Nosso de Cada Dia (Parte I)...

Sonhar é acordar-se para dentro." Dizia Mario Quintana.
Pensando nisso, ao ler “o Livro dos Sonhos” de Jack Kerouac, comecei a devagar sobre os tipos de sonhos que temos...

... sonhos lúcidos, onde a pessoa consegue controlar o que está acontecendo. Fica rico, voa, adquire super-poderes e o que mais tiver vontade, afinal, ele sabe que é um sonho e que é ele quem manda...

...Pesadelos, onde entram todos os tipos de monstros e fantasmas que você possa imaginar. Sonhos sobre o apocalipse, ou com demônios que o perseguem até encurralarem você num box do banheiro e sua mãe lhe alcançar um faca para que você corte fora a cabeça deles...

...Sonhos previsíveis, estes são tão interessantes, já tive alguns assim. Minha prima tem este tipo direto e sempre acerta na mosca. Uma vez sonhou que a porta de um carro abriu e o bebê de uma amiga nossa havia caído, no mesmo dia nossa amiga telefona dizendo que havia perdido o bebê (aborto). Meu amigo me falou certa vez: “sonhei que estavam caindo meus dentes e de manhã meu cachorro 'acordou' morto, outra vez eu sonhei também que só um dente meu caia e no outro dia eu levei um soco na boca”...

...Sonhos repetitivos, estes são estranhos. Minha bisavó sonhava toda a noite que fugia de cachorros correndo pela rua, foi até uma mulher e esta lhe falou que tomasse água antes de dormir. E a corrida dos cachorros cessou...

...Sonhos criativos, estes são meus preferidos. Talvez porque estes sejam os mais engraçados e os mais freqüentes que tenho. Nunca fazem sentido realmente, coisas mudam de lugar e de cenário e as coisas mais absurdas fazem todo o sentido na hora. Uma vez sonhei que estavam dando uma festa numa casa de madeira onde se matavam vacas, estava eu nesta festa e pelas paredes propagandas de cigarros, cigarros que eram feitos das vacas que se matavam ali (Na hora fez todo o sentido, ora, coisa mais normal do mundo cigarros de vacas).

Ah, como é bom sonhar…