segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Quando a objetividade é desnecessária...





Eu vivo no mundo da lua, quem me conhece sabe. To ali conversando contigo, de repente tu fala que viu um gato... (e meu devaneio começa)
Eu tenho alergia de gato, mas moro com um gato. Bah deixei a portado quarto aberta e o gato deve ter entrado... e aquele quarto ta uma bagunça, a estante cheia coisas em cima dos meus livros... Ahh o livro da biblioteca que eu não renovei, preciso passar lá amanhã sem falta e já ver se o livro do Hobbit vagou, quanto tempo será que falta pra estreia do filme...
 - INGRID! Volta...
Daí eu “ressuscito”.
Eu entro num transe, numa concentração absoluta e muitas vezes me perco entre meus pensamentos e a realidade.
Enfim, estava eu atrasada como sempre pra aula e sem o polígrafo que a bendita professora tanto falou semana passada.
Stressada já com problemas do cotidiano subi até o laboratório de informática para imprimir o tal polígrafo e ir de uma vez pra aula, pois já eram mais de 19h30.
Lá no LABCIN funciona assim: tem a sala com os computadores, as impressoras e na saída da sala tem um balcão com pequenos grampeadores e atrás do balcão uns estagiários pra te “auxiliar” (e barrar a tua entrada quando tu não trás o crachá).
Me sentei em frente do computador, abri o site do Moodle e abri o arquivo que tinha TRINTA PAGINAS.
Já comecei a praguejar contra aquele absurdo de folhas pra metade da matéria da prova. Mandei imprimir e indo em direção das impressoras voltei aos meus devaneios irritados sobre minha cota semanal ser de 40 folhas e em plena terça-feira eu já ter desperdiçado 30.
- Onde estão as impressões do 09106014?? São essas aí oh!  
que guri cego tchê as folhas na cara dele...
Sai em direção ao balcão dos estagiários...
“Bah, olha o bolo de folhas que deu isso aqui, eu nunca vou conseguir ler tudo isso e mais o resto do conteúdo pra prova... que ainda é dissertativa... E garanto que com esse monte de folhas aquele guri vai querer me dar um grampeador pequeno. Guri mongol, não duvido... Não sabe decerto que para um bolo assim de folhas um grampo fininho não serve, tem que ser um bem grosso...

- Hey, tu tem um bem grosso?

(Pausa para meu pavor ao me dar conta do que falei)

-hãm.. Hum.. Um grampeador com um grampo bem grosso? Anda!
O guri meio desconcertado, sem saber se ria, se ficava sério me alcançou o grampeador grande.
Eu cor de pimentão tentando parecer séria o suficiente para não dar abertura para qualquer resposta, que ele obviamente estava pensando, grampeei as folhas ligeiro.
Virei as costas e sai.


Minhas cotas semanais dos 2 meses que seguiram não foram utilizadas.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Relacionamentos por um prisma administrador...


Os relacionamentos são investimentos a longo prazo com alto risco, onde apenas as empresas mais ousadas e sonhadoras hoje em dia investem.
Qualquer tipo de investimento no setor amoroso é de alto risco, pois envolve um grande desembolso financeiro e demora a ser absorvido pelo mercado interno. E com um mercado externo super valorizado, há uma falta de aceitação clara da oferta disponível. E isso leva muitas empresas investidoras neste setor, que não possuem uma boa gestão financeira, à falência.
Sendo o mercado externo um mercado competitivo que está sempre inovando, é difícil criar e colocar em pratica projetos com ideias novas que atendam à demanda existente.
Então as empresas por fim, cansadas de investir no incerto e inseguro mercado existente, começam aos poucos a diminuir seus investimentos neste setor. Tendo como objetivo minimizar custos e prejuízos com planos e investimentos que geralmente não atingem o resultado esperado.

domingo, 5 de agosto de 2012

Plenitude...


Às vezes há tantas épocas nefastas em nossas vidas que acabamos por perder a esperança de que algum dia a bonança chegue enfim.
Nos acostumamos a dizer “há males que vêm para o bem”, a nos conformar com dias nublados e a ver a vida em preto e branco.
Por isso nos sentimos tão leves, tão felizes e tão plenos quando a sorte nos sorri.
Então custamos a acreditar que aquilo, por mais simples que seja, seja real apenas porque é bom.
Mas acredite também há bens que vêm para o bem. O sol sempre voltará a brilhar um dia e a vida retoma suas cores no tempo certo.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Encontro...



"Estou num café esperando por ele e ele está atrasado. Mas só por um minuto, então não é tão grave.

Assim a primeira etapa:
Amar o atraso dele. Isso o torna mais humano, dá a ele sex appeal.

Segunda etapa:
Verificar minha agenda. Você sabe... Eu me questiono. 
Talvez eu tenha errado. Crio fantasias. Me imagino chegando tarde em outro café.
Então eu olho onde estou. Estou no lugar certo.
Já se passaram 32 minutos.

Terceira etapa:
Digo a mim mesma que não me importo em esperar. Me mantenho ocupada, leio. Finjo ler a mesma merda do parágrafo. Vou ao banheiro. Faço um pedido.
Agora eu o odeio. Eu o insulto na minha cabeça. Penso em ofensas que serão perfeitas para quando ele aparecer.
Já se passaram 39 minutos.

Ele chega.

Sem fôlego.

Lindo.

O transito estava ruim.(aham)

Então eu o perdoo e digo: “Claro! Normal se atrasar.”
Porque... Porque eu sou fraca.
 E alguém que você coloca num pedestal está sempre certo."

Trecho do filme Les Amour Imaginaires. :)

segunda-feira, 26 de março de 2012

Um café e um amor...


Eram 14h quando ele entrou no Café, sentou-se e cruzou as mãos sobre a mesa.
Passados 15 minutos ele pediu um café e continuou a aguardar, um pouco impaciente.
Mais cinco minutos e então ela chegou.
Vestia uma calça jeans desbotada, aquela que valorizava tão bem suas curvas, vestia também a camiseta que ele mais gostava, com iniciais pequenas no lado esquerdo do peito. No rosto não trazia nada além se um batom claro e um rimel, que realçava de maneira adorável seus belos olhos. O cabelo vinha preso apenas por uma fivela de flor.
Ela foi até a mesa dele, lhe cumprimentou com educação e ele pode sentir o perfume dela de perto mais uma vez.
Quando se ama alguém, aprendemos a amar o seu cheiro, aquele aroma, perfume que só ele (a) usa. E depois de semanas longe daquele perfume senti-lo novamente enchia o peito dele de uma alegria estranha.
Não era bem felicidade o que ele sentia, era uma sensação de paz e aconchego. Como chegar depois de um dia cansativo e pode deitar numa rede a beira da praia, sentindo aquela brisa levemente salgada e ouvindo o som do mar e alguns pássaros ao longe a cantar.
A sensação foi tão intensa que por um momento ele esqueceu onde estava, ao voltar a si abriu um breve sorriso e começou a falar.
Ela ouvia calma e serena suas palavras, não lhe pretendia interromper. E com o passar dos minutos o silencio o deixava nervoso.
Ele sabia que era o fim, mas aquela esperança lá no fundo insistia em tentar mais uma vez. Talvez uma palavra bonita, um gesto de amor, uma história que não fora contada, ou qualquer outra coisa que lhe viesse em mente poderia fazer ela lembrar dos momentos bons, do sentimento por ora esquecido. Talvez ela esquecesse os erros que ele cometeu.
Afinal, ela tinha ido até ele. Ela estava ali, em sua frente, linda como nunca.
Enquanto ele falava ela pensava em tudo meticulosamente. Tinha um compromisso depois, ele não podia se estender muito.
As palavras por ele ditas, agora já com um certo ar de desespero, não lhe diziam mais nada. Eram cheias de promessas e vazias de confiança. Ela estava ali por consideração.
A uma hora atrás, ao sair de casa, ela tinha feito questão de estar impecável e de passar o perfume que a semanas estava esquecido sobre a penteadeira.
Ela sabia, aquela seria a ultima vez que ele a veria e sentiria o seu perfume.
Se ela fizera isso para ele ter uma ultima impressão bela, ou se para ele se sentir pior do que estava eu não sei.
Prefiro pensar que ela apenas queria ter a certeza de que jamais seria por ele esquecida.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Grandma...

  Adentrei no quarto e ela abriu a boca com ar de espanto feliz. Segurou minha mão firmemente e deu um beijo nela e disse entre murmúrios mudos, pois a fala lhe abandonara fazem dias, o quão fria minha mão estava. Entres seus lábios também se distinguia a palavra saudade.
Fiquei ao seu lado, alegre por vê-la acordada finalmente. De repente ela faz gestos pedindo um papel e um lápis, então começa a escrever como pode, meio junto, meio emendado. A largura da folha era insuficiente para suas poucas palavras em letras grandes.
Terminado o recado ela me estendeu o caderninho e li em voz alta:
" A vózinha continua te amando."
Segurei o choro num sorriso enquanto ela me atirava um beijo com a mão.

Ahh se ela soubesse, se soubesse que eu também continuo a amando e a amarei para todo o sempre... (L)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

E Porque Não?...

A sociedade criou padrões ridículos para serem seguidos. Hoje em dia parece que todas as mulheres que quiserem fazer sucesso devem ser gostosas e ter o cérebro do tamanho de uma ervilha.
Os parâmetros que, na maioria das vezes, temos através dos programas de audiência são Panico na TV, Legendários, na época de férias BBB, etc. Combinamos que com estes padrões como fonte de informação não é difícil desviar pobres mentes do caminho mais difícil.
Esses dias eu estava na casa de uns amigos e eles estavam assistindo um tal de "Tudo é possível".
De repente apresentando uma matéria aparece uma guria, a Dani Bolina, que era Panicat num programa da Rede TV, daí recebeu um convite pra participar de um reality show da Record e não avisou ninguém, ou algo assim, sei que ela foi parar na Rede Record.
Quando começou a rodar a matéria, um dos garotos fez uma reclamação.
Não me recordo plenamente das palavras dele, mas ele questionava com veemência “o que é que aquela mulher queria fazendo reportagem?”. Ele dizia que ela não servia pra isso, pois ela era uma reles Panicat (burra).

Eu olhei para ele e disse “E porque não? Só porque ela era Panicat ela está fadada a nunca mais fazer outra coisa da vida?”

Concordo que a reportagem não parecia ter relevância alguma para a vida de qualquer ser humano, mas enfim, ela estava fazendo algo mais do que ficar de biquíni sorrindo e se remexendo no mesmo lugar. A crítica dele era no mínimo machista demais.
Se pensarmos um pouco como a maioria das gurias que querem muito ser famosas:

Qual o jeito mais fácil? 

a) Malhar bastante numa academia, dar risadas de coisas idiotas e responder errado a perguntas fáceis.

b) Ter 1,80 de altura, pesar 45 kg, ser uma modelo super famosa a ponto de alguma emissora te convidar para apresentar um programa de futilidades.
c) Entrar numa faculdade de jornalismo, se ferrar trabalhando para poder pagá-la, torcer para conseguir entrar numa emissora de tv e depois de um bom tempo trabalhando muito ser apresentadora de algum programa de noticias ou entrevistas.

A maioria vai pelo jeito mais fácil, mesmo que algumas não pensem como a maioria, e quando aparece uma oportunidade delas mostrarem o seu trabalho e mudarem aquela imagem horrível de que “uma mulher bonita tem que ser inútil como ser humano”, vêm mentes preconceituosas criadas pela própria sociedade e lhes dizem que elas não servem para isso, ou para aquilo.
Isso é revoltante... No mínimo!
Todos têm o direito de lutar por seus ideais, por seus sonhos. Todos deveriam ter a oportunidade de mostrar seu potencial para aquilo que desejam ser por toda a vida. Se terão competência para isso, ou não(o que já é outra história), seus esforços é que deveriam determinar isso e não a opinião de garotos machistas e demais componentes da nossa sociedade com o conteúdo e a sabedoria de um Domingão do Faustão.



P.S.Metas e sonhos, cada um escolhe o seu jeito de alcançá-los. O importante é nunca desistir deles.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Have Fun With Yourself...


Eram 11h30min, eu estava doida de fome no shopping e resolvi me encaminhar à praça de alimentação.

Dando “folga” a todas as dietas absurdas que eu nunca segui à risca, fui ao Mc Donald’s pedir um nº 4 e ao Bob’s pedir um Milk Shake de Ovomaltine.

Sai faceira com a bandejinha em mãos e fui até uma mesinha para dois com cadeiras altas, de forma que sentada meus pés não alcançavam o chão.

Enquanto eu me deliciava com meu almoço “saudável”, me senti plena de tudo. Tinha oxigênio, saúde, um Cheddar McMelt e milk shake saboroso e o mais importante: amor próprio.

Aquele era, apesar de simples, um momento meu, no qual desfrutar de minha própria companhia me fazia bem.

Então, curtindo o momento, observei as pessoas indo e vindo, sentando e deixando suas mesas. Comecei a me por no lugar daquelas que por mim passavam, pensando qual a figura que elas talvez tivessem de mim.

Olhando a minha volta com mais atenção percebi que em toda a praça de alimentação a única pessoa sozinha a comer era eu. Todos com seus filhos, maridos, amigos, mas nunca sozinhos.

Naquele momento me deu uma sensação ruim, de solidão, cheguei a por a mão no bolso para pegar o celular, ligar para alguém (e não parecer tão “excluída da sociedade”, ou mais uma “forever alone” como dizem), mas parei.

De repente voltei daquele devaneio, dei uma bela mordida no meu Cheddar McMelt, balancei meus pés na cadeira alta como se eu tivesse cinco anos de idade e pensei:

Foda-se eu to feliz.

:)