quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A Sorte de Um Amor Tranquilo...



A manhã acordou fria. O orvalho decora a janela, feito uma cortina fina, nos separando do dia amanhecendo fora dela.

Hesito abrir os olhos por uns minutos, convenço a preguiça a ficar mais um cadinho ali comigo.

Aperto você no meu abraço quentinho desejando que o sono volte, enquanto os poucos raios de sol que iluminam o quarto me trazem à realidade boa que está ao meu lado.

Sempre quis a sorte de um amor tranquilo, um faz de conta de olhos abertos. E com você a vida é leve, o vento é brisa e a chuva é cristalina.

Há profundezas distantes nos mistérios que seus olhos guardam, guarde-os bem. Meus dias já não contam as horas, o tempo é volúvel e navegar no desconhecido sempre foi mais interessante.

Não levante agora, te quero aqui pertinho. Te dei meus olhos para tomares conta, então me deixa demorar mais um pouquinho.

Só mais um beijo, um sorriso, outro beijo, um abraço.

Pronto.

Agora vá. Livre e leve como o voo do pássaro, pois há muito tempo criei asas e sei como é bom voar. E quando a saudade apertar pousa de mansinho, porque meu coração é feito ninho em galho fraco, não pode pesar.

Dizem da vida que o acaso dela é razão, que o fim justifica os meios e cada porquê se torna lição, se souberes enxergar por inteiro.



“Te vejo livre, não domino. Me vejo livre, não pertenço. No fim das contas, isso é amor. ”