quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Weakness...



Era uma hora da manhã mais, ou menos. Estávamos num camarote curtindo música eletrônica e bebendo cerveja.

Dançando bem faceira, olhei por nada, com o balanço da dança, para minha esquerda. Notei alguém me olhando.

A festa continuou e junto aquela sensação de um olhar na minha nuca. Virei pra esquerda novamente pra ver e lá estava ele: Parado, vidrado, virado para mim, piscou um dos olhos e mordeu o lábio.

Comecei a rir, dei as costas e puxei meu par para continuar a dançar comigo.

O tempo passava e lá estava ele, firme e insistentemente a lançar flertes em minha direção.

Perto da hora de irmos embora minhas pernas pediam arrego, me sentei para descansar enquanto meu par ia ao banheiro.

Olhei para esquerda e lá estava o sujeito no camarote ao lado, me chamando através de um movimento com as mãos. Indaguei com gestos “o que tu queres?”, ele elevou o dedo indicador aos lábios num sinal de silêncio e novamente com as mãos pediu que eu desse a volta e fosse até lá.

De repente, fui acometida por um momento de vulnerabilidade. A tentação de um homem (loiro, lindo, alto e de sorriso encantador) com o desejo (embriagado) de uma mulher.

Era quase quatro horas, estavam todos altos devido às duas garrafas de Vodka vazias sobre a mesa. Seriam apenas alguns minutos, provavelmente não dariam minha falta, talvez pensassem que fui ao banheiro também...

... Fiquei imaginando quais caminhos deveria seguir.

Eu poderia ter uma noite com 5 minutos secretos de pecado, perigo e aventura...

Eu poderia, pelo meu comportamento estilo “bitch”, perder e fazer sofrer a pessoa que eu tanto amava no dia do seu aniversário...

Mesmo com várias doses de Vodka e litros de cerveja na cabeça, as coisas pareciam muito claras para mim. Dentre todos os que estavam naquela festa, havia apenas uma que eu queria ao meu lado todos os dias, poder dormir naquela noite e acordar ao seu lado no dia seguinte com a consciência tranqüila.

Foram menos de 3 minutos para que eu visualizasse na minha cabeça todas as possibilidades e suas possíveis conseqüências e pudesse tomar a decisão certa.

Agora me explica como é que pode um “son of a bitch” se programar, mentir, sair de casa escondido, encher a cara, fazer merda, ser pego, pensar “puta merda” e falar com a maior cara de pau:

“Desculpa meu amor, eu não sei onde eu estava com a cabeça, estava bêbado e sabe cumé né... A carne é fraca”.

Todos temos desejos e vontades. Qual homem nunca viu uma mulher gostosa e nem que seja por um segundo não se imaginou transando com ela? Qual a mulher nunca olhou um cara lindo e pensou “ah, esse eu pegava”?

Mas basta usar a ferramenta que nos difere dos cachorros por alguns minutos, se a pessoa que está com você vale à pena não tem porque você trocá-la por um rostinho bonito.

Valorize quem você tem ao seu lado. Não espere por erros e atitudes impensadas para perceber o quanto quem você tinha por perto te fazia feliz.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Pega, Estica e Puxa...


Estes dias navegando pelas redes sociais, num momento de pleno ócio me deparei com a seguinte frase: “Amor é tipo elástico: O primeiro que soltar, machuca o outro.” - Não sei o autor.

Essa frase sintetiza tudo tão bem, mas ao mesmo tempo de maneira tão superficial que poucos entendem a fundo o significado dela.

O começo de um relacionamento é sempre perfeito. Declarações, delírios, paixão e beijos intermináveis.

Aos poucos a intimidade chega, junto da confiança e as defesas se vão. A verdadeira personalidade começa a transparecer junto com os defeitos.

O problema não está em ter algum defeito, ou particularidade que não seja bem vista pelo outro, está em você levar para dentro do relacionamento pondo-o acima do sentimento existente.

Quando isso acontece muitos relacionamentos se transformam num jogo e é formado um cabo de guerra. As diferenças alheias são tidas como algo a ser mudado a qualquer preço.

É um tal de pega, estica e puxa, cada um para o seu lado, afinando cada vez mais o elástico e afastando cada vez mais um do outro.

Vem as brigas sem fundamento apenas para provar quem tem razão, vem as irritações por coisas mundanas e medíocres e o respeito, a consideração e o carinho se tornam meras lembranças.

Ora, já não é de agora que se sabe que não podemos deixar nosso orgulho e nossas vontades serem maiores do que nós e nem maiores do que nosso relacionamento.

É sempre bom refletir como andam as coisas, entender que as pessoas não vão concordar com você sempre, continuar a demonstrar o sentimento que sentes, perceber que nem sempre as coisas vão sair do seu jeito, pedir desculpas mesmo sem razão e perdoar sem ressentimentos para que o amor siga em paz e feliz.

Senão chegará uma hora que um dos lados cansará de resistir e soltará sua ponta do elástico. Este perderá o jogo e o outro perderá o seu amor.

No fim nem sempre quem sai machucado é o injustiçado, às vezes ele apenas teve o que mereceu. Apenas colheu o que plantou, nada de bom.

P.S. Quando se aprende a valorizar para não perder, o relacionamento se torna mais sadio e vive plenamente pelo tempo que tiver que durar.