sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Queira alguém que te dê motivos para ficar...

Queira alguém que te queira feliz.

Alguém que ria de suas piadas idiotas. Que dê gargalhadas contigo, mesmo que elas não tenham graça, pelo simples fato de que o seu sorriso a alegra mais do que qualquer palavra engraçada.

Queira alguém que te queira por perto.

Alguém que aceite qualquer convite que você faça. Não porque você sempre queira ir nos melhores lugares, mas porque o que importa não é o lugar e sim a sua companhia.

Queira alguém que ouça.

Alguém que pergunte como o seu dia está, que se interesse pelas coisas que você anda lendo, assistindo, ouvindo, escrevendo. Mesmo as coisas mais banais, mesmo as coisas mais sérias.

Queira alguém que te faça convites.

Alguém que te chame pra sair. Com os amigos. Com o cachorro. Contigo. Que te inclua nos planos. Mesmo que os planos sejam ficar em casa vendo um filme, ou jogando videogame.

Queira alguém que te mime.

Alguém te traga chocolates, que faça versinhos, que te deixe bilhetes. Que te leve café na cama e te mostre o quanto tu é especial.

Queira alguém que te deixe ser livre.

Alguém que compreenda todas as suas manias, paranoias e delírios. Que te deixe revelar todos eles ao poucos, ou ao mesmo tempo. Porque juntos você se sente a vontade para ser você mesmo. 

Queira alguém que te respeite.

Alguém que respeite seu ponto de vista, suas amizades, seus dias ruins, suas manias, suas vontades, seu jeito de ser e, acima de tudo, sua liberdade. 

Queira alguém que te dê motivos para ficar.

Alguém que precise de você, não porque não possa viver sem você, mas porque com você a vida é mais feliz. Alguém que chegue de mansinho, ao pé do seu ouvido e lhe diga que te adora e que você é a melhor parte do dia dela.

Queira alguém faça você se sentir especial, essencial e amado.

Queira alguém que seja assim para você, mas principalmente, queira ser esse alguém para quem você gosta.

Difícil existir amor e felicidade onde não há reciprocidade. Para ser amado não basta se deixar amar, também é preciso saber amar de volta.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ela...

 
Ela nunca é bem vinda
Não importa a idade
E somente quando é finda
Se é feliz de verdade.

 
Ela chega de mansinho
Transformando calma em ansiedade
E o tic tac  bem devagarzinho
Denuncia toda a falsa liberdade.

 
Você se dá conta de repente
Que o  dia vira eternidade
E fica tudo diferente
Quando o assunto é saudade.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Julgar Sem Conhecer é Imaturidade...



Volta e meia me pergunto com certa indignação: qual a necessidade extrema que a maioria  das pessoas tem de SEMPRE julgar os outros como seres bons, ou ruins?

Antes eu pensava que quem ficava julgando o tempo todo e era recalcado, mas hoje em dia vejo que isso é, na verdade, imaturidade.

Você conhece a “Maria”, fica amiga dela e certa vez ela pisa na bola contigo. Pronto. “Juliana” vai dizer para quem quiser ouvir que “Maria”, sua amiga, não presta.

Você conhece “Maurício”, rapaz legal, se apaixonam, vocês namoram, e certo dia em uma briga ele faz alguma besteira. Pronto. “Mauricio” não presta.

Gente, qual o problema de vocês?

As pessoas erram. VOCÊS erram. Errar é humano. Ninguém é perfeito.

Essa semana, por acaso, fiquei sabendo que uma garota que não gosta de mim, disse que eu não presto. Detalhe, ela nunca (eu disse NUNCA) falou comigo. A criatura não me conhece, nunca sequer me disse oi na rua e saiu por aí falando mal de mim. Como assim? É como dizer que odeia Brócolis e que Brócolis faz mal sem nunca ter comido, ou se informado a respeito. É infantil.

Com o tempo as pessoas passam a entender que errar é humano e que o erro faz parte da construção do nosso caráter, da nossa personalidade.

Não somos perfeitos. Todos mentem, todos enganam, todos traem a confiança de alguém alguma vez na vida. E não admitem estes mesmos tipos de erro no outro. Pura hipocrisia.

Faz parte do nosso amadurecimento entender que todo mundo erra, e aprender a enxergar quem o outro é além desse erro.

Sempre que algum amigo meu, ou alguém que namoro erra, ok. Eu primeiramente fico puta, muito braba. Mas depois eu olho pra trás e percebo que por mais que tenham pisado na bola, não são pessoas ruins, não são monstros. São humanos. Erram. Assim como eu, que já errei inúmeras vezes.

“Maria” foi super pau nu cu com você hoje, mas quantas vezes você pôde chorar no ombro dela? Quantas vezes somente ela te entendeu? Quantas vezes te fez sorrir e deixou seu dia mais feliz?

Reflita bem sobre quem são seus amigos e demais pessoas com quem você se relaciona, aprenda a enxergar além do agora.

E quanto às pessoas que você mal conhece, não julgue. Você não é melhor do que ninguém, e jamais será enquanto mantiver atitudes como essa.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Sobre Sardas e Amor...





Certa vez me aconteceu o seguinte diálogo:

- Eu adoro tuas sardas.

Puta merda, não passei base suficiente...”

- Sério?! Eu acho elas horríveis.

- Eu acho lindas.

- Ah, tu gosta porque não é em ti.

- Não. Eu gosto porque é em ti.


Foram palavras simples, porém sinceras (I hope so). Palavras que me fizeram refletir e até mesmo me aceitar melhor.

Então existia alguém no mundo que gostava de mim como eu sou?! E das minhas sardas?!

E era recíproco.

Afinal gostar de alguém de verdade é isso, não é?! Aceitar a outra pessoa como ela realmente é, sem tentar, ou querer mudá-la.

É adorar ela de maneira completa. Adorar todas as suas qualidades e também todos os seus defeitos, pelo simples fato de que eles pertencerem a ela.

Isso é tão simples e ao mesmo tempo tão lindo.


O amor não precisa de razões. Amor não se justifica. Amor se sente.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Café com Biscoitos...



Acordei com preguiça, levantei 1h depois do horário usual com aquele pensamento “se tem que ir, tem que ir”. Me vesti com calma e tomei café no quarto, para aproveitar mais um pouco do calor gostoso que estava lá.
Na rua chovia fininho e o vento corria gelado.
No caminho para o trabalho, em frente a um estabelecimento que fica perto da minha casa, sentado no chão havia um senhor grisalho (entre 40 e 50 anos), todo molhado. Com uma mão segurava um copo de café enquanto a outra tremia (de frio) tentando alcançar o copo com biscoitos que o atendente do estabelecimento alcançava para ele.
Logo a frente se via o carrinho de papelão “estacionado” na calçada.
Senti uma dor no peito, uma vontade enorme de pegar ele pela mão levantar e levar até minha casa (logo ali) para um banho quente. Inclusive me veio na cabeça um sobretudo super quente que eu não uso mais e algumas roupas esquecidas por ex namorados.
Mas não, eu não podia fazer isso. “Ingrid, tu tá louca? Não é só porque tu estás atrasada uma hora para o trabalho, mas porque tu não podes convidar do nada um estranho pra tomar um banho na tua casa.”
E segui meu caminho com a dor latente no peito.
Até onde podemos fazer algo pelo outro? Até onde nos cabe ajudar?
As vezes só até dois copos com café e biscoitos.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Keep Yourself Waiting...



Não sei bem há quanto tempo vinha esperando por ela, talvez desde aquele dia em que voltei a sonhar colorido. Um sonho onde eu era livre, um sonho que era maior do que eu.

Acordei deste sonho para um dia lindo de céu azul, que me dizia em cada esquina que eu merecia ser feliz.

Respirei fundo a liberdade, ar fresco que enchia meu peito de vida e possibilidades.

Fiz uma lista de coisas que me fariam feliz e deixei de lado tudo o que ia contrária a ela. E esperei.

Parece simples demais. E realmente é.

Quando você só aceita na sua vida o que lhe faz bem e só corre atrás do que lhe faz feliz, se tornam poucos os caminhos a escolher.

É fácil a felicidade lhe encontrar.

Basta esperar.


sábado, 5 de abril de 2014

Peace...


 “Queria te ver hoje e selar a paz entre nós.” Disse ela, através de um simples bilhete no capacho da porta.
Mais do que palavras, aquilo era o alivio que seu coração precisava.
Há dias, há meses ele vinha guardando tudo para si. E aquele era o dia em que ele finalmente havia resolvido se abrir para o sentimento.
Havia se fechado para o mundo, para as pessoas, se escondendo atrás de qualquer desculpa para não se abrir para ninguém. Mas com ela era diferente. Sempre foi.
Tantas vieram e foram embora sem terem feito qualquer diferença, por melhores que fossem para ele, ele apenas não sentia nada. Mas ELA, com ela não era assim. Com ela sentia vontade de acordar todos os dias ao seu lado, de cuidar dela, lhe trazer café com flores, de lhe abraçar e sentir em seu abraço a paz que seu coração necessitava.
Com ela ele sentia vontade de escrever versos, de sonhar acordado, de beijar na chuva , de casar e ter filhos.
Com ela ele sentia algo que o fazia diferente, que o fazia mais humano. Mais paciente, mais sensível.
Ele queria lhe dar o mundo, ela só não queria ficar sozinha.
Ele queria dar a ela seu melhor, ela nunca realmente se importou.
Ele tinha medo e isso lhe tirava a paz.

“Queria te ver hoje e selar a paz entre nós.” ela disse.

Eles se encontraram e ela o magoou. Mais uma vez.

Ele disse adeus.

E quem diria, a paz de fato foi selada. Porque a paz nunca esteve nos braços dela, e sim dentro dele mesmo. All the time.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Para Uma Paixão Que Dure...

 Para uma paixão que dure
Não basta ser bela,
Tem que ser para que perdure
Meu mundo de maneira singela.

É preciso que seja compreensão sem julgamentos
Seja sentimento sem pudor,
Para que viva em meus pensamentos
A simplicidade do  amor.

Seja o vento que passa,
Sopra e bagunça minhas roupas
Que invade minha casa,
E leva consigo lembranças soltas.



Seja a calma que precisa a minha alma
Uma porta sempre aberta
E na palavra que me falta,
A paz que me liberta.

Seja o perfume de um dia memorável
Seja parte de tudo o que me faz feliz
O sentimento em verso palpável,
Daquilo que tua boca me diz.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

No abrigo da superficialidade...

 
Tenho sentido ultimamente que ninguém mais quer se envolver em coisa alguma.
As pessoas se aproximam da vida dos outros com o intuito de viver o momento, conhecer o outro apenas por conhecer.
Sem pretensões, elas vêm e vão embora.
Quando se permitem ficar, é por uma brevidade de interesses. Logo aparece algo novo, inexplorado e o outro é deixado de lado. As vezes vira amizade, as vezes nem isso.
Sem paciência para ficar, para entender, para apoiar, para de fato amar. Simplesmente se cansam do que já não é mais novo e se vão.
Mas seguem insistindo em querer um grande amor, em querer viver uma historia de cinema e encontrar a alma gêmea, sem se permitir sequer gostar de alguém. Sem se permitir sentir. Sentir saudades, sentir ciúmes, sentir-se amado.
Afinal “não precisamos disso”, somos todos tão fortes, independentes e cheios de amor próprio não é mesmo?!
São poucos os que têm coragem de se entregar, os que não têm medo de sofrer (mais uma vez) se for preciso. De remendar o coração cheio de feridas, deixar as dores no passado e se abrir para novos amores como se fosse a primeira vez.
Mas eu me fecho, você se fecha e nossas vidas seguem no maior nível de superficialidade que somos capazes de manter.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Um Dia a Gente Cansa...


Um dia a paciência acaba e a gente cansa.
Cansa de ouvir as mesmas músicas.
Cansa de fazer o mesmo caminho para casa.
Cansa do trabalho mal remunerado.
Cansa de mendigar atenção de quem não se importa.
Cansa de ouvir as mesmas reclamações sempre.
Cansa de esperar por dias melhores.
Cansa de tudo que não traz felicidade.
E é nesse dia que a gente descruza os braços, sacode a poeira e corre atrás do tempo perdido.
Então a gente aprende que o tempo é curto, o amor é breve e a vida mais breve ainda.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Beleza indiferente...




Moça com licença,
Me desculpe a franqueza,
Mas é que acabei de me perder.

Me perdi sem perceber,
Num lugar entre o seu sorriso,
que é o paraíso,
e seu jeitinho meigo de ser.
 
Eu poderia sair de fininho,
Bem devagarinho
Para você não perceber.

Eu sei, pela sua indiferença eu deveria fugir,
Mas é que essa vida bandida,
Te fez tão bonita,
E daqui eu não quero sair.