quinta-feira, 16 de maio de 2013

Forget about the pricetag...

Sábado desses fui convidada por uma amiga para uma dessas festas ditas como *TOP* de Porto Alegre.

Chegando lá vi o exato ambiente que deve ter idealizado a música Pricetag. Uma fila enorme de gurias totalmente falsas: altura falsificada por um salto 20, peitos falsos por silicone, bronzeados falsos, sorrisos falsos (não só pelo seu surpreendente branqueamento, mas por sua essência).

Entrei na festa sozinha. A amiga que me convidou já havia entrado na festa, pois era amiga de um desses semi-super-heróis que conseguem free e entram até o horário que a entrada grátis permite.

O interior da festa era adornado por um lustre imenso (que ficava apagado), com uma pista no meio. Nos cantos ficam os camarotes (super caros) e entre eles algumas mesas altas, redondinhas, pequenas e sem cadeiras, que funcionam como semi-camarotes. Semi-camarotes porque são caros, mas não possuem o metro quadrado do camarote em sí (E sim, você fica em pé ao redor daquela mini tábua). Os caras chegam super cedo, reservam a sua mesa e, ao inves de curtir a festa, eles ficam lá, sozinhos, quietos, guardando a mesa como um As de Paus.

A galera com quem eu deveria curtir a festa estava empilhada em volta de uma dessas mesas com um combo (Uma garrafa de whisky e meia duzia de latas Red Bull). A música era um tunti tunti misturado com um suave blim blim que é a tal música lounge que toca no início da festa. As pessoas se sacodem com um copo (que dura por horas) e sorriem excessivamente quando vêem que há um fotógrafo por perto. Porque, todos devem saber, não há reconhecimento maior nesse ambiente do que ser vista e fotografada para aparecer no site da festa. Isso significa que você está arrumada o suficiente para estar lá. Então todo seu esforço valeu a pena!

Detalhe, todas as pessoas da pista tentavam se acotovelar para chegar mais perto desses semi-camarotes para parecerem que estavam dispostas a pagar os quatro ou cinco dígitos necessários para estar lá.

Em volta da mesa em que os amigos da minha amiga estavam tinha uns cinco caras que levantavam seus copos como troféus e lá pelas tantas um deles me ofereceu bebida. Foi aí que a minha amiga cochichou “Não pega, depois eles vão querer dividir a comanda contigo”.

Esse mesmo cara veio conversar comigo. Seu assunto foi basicamente se apresentar, me oferecer goles de bebida e contar que faculdade fazia. Depois disso ele supôs que eu, obviamente, ficaria com ele dizendo “tu tem que curtir a festa comigo” (como se fosse possível curtir aquela festa).

Quando ele percebeu que eu, realmente, não queria ficar com ele, sua expressão passou a ser a de choque e ele saiu balbuciando algumas palavras ofensivas. Pensei “Gente, será que ele pensou que só por ter bebidas isso o tornava um cara interessante? Que absurdo!”.

Mas então olhei ao meu redor e a resposta estava clara como água: Sim, isso o tornava um cara interessante naquele ambiente.

Para mim festa sempre foi um lugar em que a gente sai para se divertir. Um lugar onde tocam musicas que a gente sabe cantar e berra nos ouvidos dos nossos amigos. Onde a gente usa um sapato que nos permita dançar bastante. Onde a gente se arruma para ficar bonita e não para ser vista pelo fotógrafo da festa. Onde a gente compra bebida para beber e não para se exibir. Não é assim que as festas deviam ser? Ainda concordo com o refrão da música que diz “We just wanna make the world dance, forget about the pricetag”.


As pessoas se preocupam demais em ostentar o que são, ou o que querem que pensem que elas são e se esquecem de ser elas mesmas, aproveitar o tempo ao lado de quem elas gostam, de viver e ser feliz.


P.S. Este texto foi escrito com base nas experiências vividas por mim e pela minha amiga Bibiana Warth na noite *TOP* de Porto Alegre. 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Te amei diferente...


"De todos os meus relacionamentos, você teve todas as exceções.
Contigo fui brava, eu gritei.
Contigo eu fui ciumenta, te invadi.
Contigo fui carente, te pedi atenção. 
Contigo fui amável, fui tua amiga. 
Contigo fui profunda, te enxerguei desde a primeira vez.  
Enxerguei tua alma, escancarei a minha. 
Contigo fui simples, fui pura, fui desconfiada, fui entrega, fui fuga. 
Contigo tudo foi tão sem controle, exatamente como eu sempre quis ser. Menos racional e mais emocional. 
Contigo fui ilusão, te olhava encantada. Te sentia sem pudor. Te coloquei pra dentro de mim, sem perguntar se tu queria entrar. Te amei diferente, contigo fui exigente.
Contigo fui inteira. Em poucos meses te amava com o amor de uma vida. 
Contigo entendi, em poucos meses, que nunca mais devo amar assim." - Kelly Maia


P.S. Não costumo publicar textos de outras pessoas no meu blog, mas é que quando li este texto me encontrei nele de uma maneira completa.
Acredito que se eu tivesse escrito alguma coisa sobre meu último relacionamento, ainda sim, não teria conseguido sintetizar tudo tão bem como minha amiga Kelly Maia o fez.

Amei, amei diferente, amei demais, amei por dois e por fim amei sozinha.
Então o amor passou e ficou uma lição de vida. (:

domingo, 12 de maio de 2013

Ah, o desconhecido...

Vontade de ficar. Mais um minuto, dois, ou o ano inteiro.

É o mistério que me prende.

Há mais que cores por de trás dos sonhos e encantos que teus olhos escondem.

Isso fascina.

Mas a felicidade finda quando o dia nasce. Quando enxergo claramente a realidade.

Prédios e ruas vazias, mais reais que qualquer sentimento, me fazem livre novamente.

Agora é preciso partir.

Logo a noite chega, trazendo o desconhecido para me prender outra vez aqui.