terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quando a Educação é Desnecessária...

Fui criada com o princípio de que devemos ser educados acima de tudo.

“O calado vence”, dizia minha bisavó. Ela sempre me ensinou que em alguma briga ou atrito a melhor solução é não discutir. Deixe que digam que pensem que falem, cada um sabe de si.

Assim segui minha vida com esta filosofia, ela me trazendo benefícios, ou não.

Muitas vezes passei por situações em que a pessoa merecia ouvir algumas verdades, ou levar um soco no meio da cara e, mesmo assim, permanecia quieta no meu canto, tranqüila e cristalina (mesmo que depois a raiva fosse tanta que eu me debulhasse em lagrimas sozinha).

Bom, isso nunca trouxe solução alguma, partindo do princípio de que se os pais não deram educação, não seria eu jogando verdades aos quatro ventos, ou rachando a pessoa no meio a porrada que ela entraria nos eixos.

O que me deixa mais frustrada não é isso, é quando sua boa educação e simpatia são mal interpretadas.

As vezes um simples abraço mal interpretado em um conhecido numa comemoração de um jogo já é algo irritante, porém não há nada na minha opinião que traga mais “má interpretações” que os redutos virtuais.

Desde que a modernidade nos trouxe a impessoalidade através dos meios de comunicação virtuais, os mal entendidos se tornaram muito mais freqüentes e desagradáveis.

Acho que uma das mais desagradáveis foi quando eu tinha uns 15 anos, recém começava a usar o Messenger, um menino que tinha me adicionado no Orkut estava começando uma amizade comigo me pediu uma foto de biquíni, eu inocentemente mostrei uma bem simples e lhe pedi que me enviasse uma foto também e o menino me manda uma foto explicitamente pornográfica achando que estava agradando. Isso, para uma menina que aos 15 anos nunca sequer tinha beijado alguém, é completamente traumatizante. Tudo um grande equívoco causado pela internet.

As vezes apenas um comentário mal interpretado é motivo para o cara pensar que tu esta “dando sopa” pra ele.

Não sou este tipo de mulher, não me atiro para ninguém, não dou showzinho pra ninguém, não dou em cima de ninguém. É preciso um cara ter algo muito especial que me chame atenção para que eu fique “dando mole” para ele. Nunca corri atrás de ninguém e me irrita ver mulheres se menosprezando e depreciando sua imagem perante os outros por causa de um cara que não dá a mínima para ela.

Dizia um grande amigo meu: “Tu tem que saber dosar como tratar cada um. É uma merda, mas é bem por aí. Experimenta um dia sair com um "saudades" pro Fulano, por exemplo, da 30 minutos ele ta ai na porta achando que tu quer dar pra ele”.

As vezes precisamos selecionar nossas amizades e contatos, assim como ignoramos os homens da obra, devemos ignorar as pessoas que não nos trazem nada de bom, saber escolher.

Infelizmente às vezes uma resposta mal educada nos salva de situações e interpretações desagradáveis.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Devaneios Distantes...


Onde estou, como vim

e o que me prende aqui?

Nada é claro o bastante

Além daquilo que senti.


São as luzes da cidade

As cores da tempestade

E o poço da vaidade

Que ainda resta em mim.


Viver longe de toda realidade

A flor no cabelo da moça que dança

A dança da felicidade.


É a saudade que traz inconstância

É mais um dia que chega ao fim

É o sol que arde na pele

Sobre a ferida criada em mim.


Ouvi de um monge

Sobre o perigo da paz

No sossego da voz

De quem mora longe.


Sigo sem ver

Viver

Respirar e saber

As coisas que tua boca me diz.