Onde estou, como vim
e o que me prende aqui?
Nada é claro o bastante
Além daquilo que senti.
São as luzes da cidade
As cores da tempestade
E o poço da vaidade
Que ainda resta em mim.
Viver longe de toda realidade
A flor no cabelo da moça que dança
A dança da felicidade.
É a saudade que traz inconstância
É mais um dia que chega ao fim
É o sol que arde na pele
Sobre a ferida criada em mim.
Ouvi de um monge
Sobre o perigo da paz
No sossego da voz
De quem mora longe.
Sigo sem ver
Viver
Respirar e saber
As coisas que tua boca me diz.
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