segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Subterfúgio à solidão...

 Vinha com mil coisas na cabeça quando cheguei.
Ofegante pela caminhada, a reconheci a priori pelo contorno que seu rosto possui quando tem os cabelos soltos e em seguida pelo seu sorriso, que logo surgiu ao me ver.
De repente tudo fez sentido.
Estava ali o amor da minha vida. 

Sei lá que tolice, ou desatino me acometera naquele instante. Eu só conseguia pensar que seria ela quem faria meus dias futuros mais belos e significativos.
Mas ainda não era hora.
É cedo. E por isso o sentimento é outro.
O amor ainda não está pronto.
Por isso não há o amor carnal, regado a possessividade, ciúmes e afins.
Há apenas o amor terno, o amor amigo, puro e sincero.
E há admiração.
E como não admirar?
Ela ali, em minha frente, como uma rosa vermelha em meio a um campo de centeio, que se destaca de tudo e qualquer coisa por ser bela, única, cheia de vida. E por isso inesquecível.
Eu espero.
Ela espera.
O tempo passa.
A vida segue.
E eu não peço nada mais do que viver um dia de cada vez.

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