quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

No abrigo da superficialidade...

 
Tenho sentido ultimamente que ninguém mais quer se envolver em coisa alguma.
As pessoas se aproximam da vida dos outros com o intuito de viver o momento, conhecer o outro apenas por conhecer.
Sem pretensões, elas vêm e vão embora.
Quando se permitem ficar, é por uma brevidade de interesses. Logo aparece algo novo, inexplorado e o outro é deixado de lado. As vezes vira amizade, as vezes nem isso.
Sem paciência para ficar, para entender, para apoiar, para de fato amar. Simplesmente se cansam do que já não é mais novo e se vão.
Mas seguem insistindo em querer um grande amor, em querer viver uma historia de cinema e encontrar a alma gêmea, sem se permitir sequer gostar de alguém. Sem se permitir sentir. Sentir saudades, sentir ciúmes, sentir-se amado.
Afinal “não precisamos disso”, somos todos tão fortes, independentes e cheios de amor próprio não é mesmo?!
São poucos os que têm coragem de se entregar, os que não têm medo de sofrer (mais uma vez) se for preciso. De remendar o coração cheio de feridas, deixar as dores no passado e se abrir para novos amores como se fosse a primeira vez.
Mas eu me fecho, você se fecha e nossas vidas seguem no maior nível de superficialidade que somos capazes de manter.

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