quinta-feira, 28 de maio de 2015

Debaixo da Macieira...


Deitada sob o céu de algodão, 
Enquanto o calor do sol beija meu rosto,
Olho para uma maçã caída no chão,
E só de olhar já sinto o seu gosto.

Sonho acordada e suspiro palavras ao avesso, 
Por um mundo onde o peculiar seja prosa, 
E poesia desde o começo.

Quem dera se debaixo daquela macieira, 
Estivesse uma moça de flor no cabelo, 
Nas mãos meu livro de cabeceira, 
E um colo macio para ser meu travesseiro.

Quem dera essa moça fosse feita de amor, 
Sorriso e alma leve, 
E junto a mim quisesse hoje ver o sol se por.

Realidade é imensidão quando não é tocada, 
E se o que sinto aqui ainda mora, 
Imaginação é chuva dourada, 
Sonhar é não ver e eu já perdi a hora.

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