terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Grandma...

  Adentrei no quarto e ela abriu a boca com ar de espanto feliz. Segurou minha mão firmemente e deu um beijo nela e disse entre murmúrios mudos, pois a fala lhe abandonara fazem dias, o quão fria minha mão estava. Entres seus lábios também se distinguia a palavra saudade.
Fiquei ao seu lado, alegre por vê-la acordada finalmente. De repente ela faz gestos pedindo um papel e um lápis, então começa a escrever como pode, meio junto, meio emendado. A largura da folha era insuficiente para suas poucas palavras em letras grandes.
Terminado o recado ela me estendeu o caderninho e li em voz alta:
" A vózinha continua te amando."
Segurei o choro num sorriso enquanto ela me atirava um beijo com a mão.

Ahh se ela soubesse, se soubesse que eu também continuo a amando e a amarei para todo o sempre... (L)

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