terça-feira, 2 de março de 2010

Sonho Nosso de Cada Dia (Parte II)...


Tem alguns tipos de sonho para o qual eu ainda não achei definição, que são aqueles de nudez, de “flash back” e de morte.

Sonhar que se está nu em algum lugar publico, ou que perdeu as calças em algum lugar e não consegue achá-las; na maioria das vezes você simplesmente percebe que está sem roupa, mas não sabe como isso foi acontecer.

Sonhar algo e depois de dias voltar ao mesmo sonho; uma vez sonhei que eu tinha tido um filho (sem ficar grávida nem nada, apenas tive um filho, ele brotou simplesmente do meu lado), passaram-se dias e numa outra noite qualquer me lembro (no sonho) “Meu Deus! Meu filho, onde será que eu o deixei?”. Lembrei-me que havia deixado ele deitado no meu bidê, fui conferir e lá estava a criança, levei o bebê às pressas para o hospital (pois estava a uma semana sem comer ou qualquer outra coisa), lá um médico falou que a criança tinha morrido, eu chorava apavorada que tinha matado meu filho por esquecer dele no bidê ao lado da cama (ninguém parecia se importar com o fato ocorrido) e minha família parecia dar mais importância à novela das 19h.

E por fim sonhar que alguém querido morreu, ou pior, sonhar que você morreu. Eu já tive um sonho assim, na real um sonho muito estranho e criativo que era mais ou menos assim:
Sonhei que eu estava num ônibus e, distraída, passei da minha parada. Sai correndo pra descer, no caminho derrubei uma mulher, quando cheguei na frente da porta para descer o motorista saiu da sua cadeira, largando direção e tudo mais, para ir lá levantar a mulher. Eu olhei para frente (apavorada) e vinha vindo uma curva, mas era como se fosse uma curva em uma ponte alta e sem nenhuma proteção; enquanto o motorista voltava calmamente ao seu posto eu pensei “não vai da tempo dele virar”, e a gente caiu.
Quando caímos já não era mais um ônibus, era uma combe branca (e isso fazia todo sentido na hora), eu tava sentada na frente e pensei “vou sair pela janela, porque se eu ficar aqui dentro vou morrer junto com todo mundo, coloquei os braços para fora, quando pus a cabeça vi que nos aproximávamos de muitas arvores juntas, que ficavam maiores a medida que caiamos (olha a altura da combe ). Então tudo ficou branco....
Quando dei por mim estava na beira de uma estrada, meio machucada, então apareceram dois amigos meus e mais um guri q eu nunca vi mais gordo.Eu contei sobre a combe, e um deles (Gustavo) foi lá ver o que tinha acontecido (Adentrando na mata fechada, cheio de coragem). Nisso já estávamos na casa de uma guria com um pessoal estranho (da família de uma guriazinha que tava no ônibus (combe). O Gustavo volta falando “É, estavam todos lá”. Ai falei “Como assim todos? Eu tava lá? ”, e ele “Sim, sim, com os braços assim (mostrou uma posição de braços pra frente), nem sei como tu foi para tão longe”.Ai eu entrei em desespero, “meu Deus será que eu to morta e não sei, será que eu to falando com eles porque eles podem ver gente morta?”, pensei comigo mesma....
Então saímos de lá e fomos para casa do meu outro amigo (que não era igual a casa dele de verdade). Lá estavam a mãe dele, a irmã e o pai, todos saindo de carro. Eu sai para falar com eles pensando “quem sabe ses eles me virem é sinal de que não estou morta”, pensei. Sai correndo aos tropeços, abanando freneticamente e quando cheguei em frente ao carro só o pai dele me abanou de volta, pensei: “Bah, então talvez eu esteja morta mesmo e só o pai dele é capaz de me ver”. Pois sua mãe e irmã olhavam para um ponto fixo do meu lado e não para mim.Comecei a fica muito preocupada, nisso já estávamos na casa da Kaká (minha prima), só que, claro, uma casa que não era a dela (porque é sempre assim nos meus sonhos?).Estávamos lá, eu resolvi sair pra arejar a cabeça, tava ficando louca com a historia de morte, perguntei pra Kaká se ela tinha visto algo na teve e ela falou que não (O pior era que só eu parecia me importar com o fato de eu estar morta).
Ai quando eu voltei, pensei “vou entrar na internet, vou procurar no Google, é certo que vai ter algo sobre, ai vou saber se morri ou não”.
Peguei um telefone emprestado pra ligar para um amigo meu que tinha internet em casa, tava procurando o telefone dele, mas só apareciam na tela musicas do Xitãozinho e Xororó. Depois eu to em casa jogando Mario com meu sobrinho (e o sonho passa a ser outro, do nada)...

Dizem que o “Livro dos Sonhos” de Jack Kerouac é uma autobiografia da alma, um On the road do inconsciente. Quando a gente dorme nossa mente subconsciente desperta e através de nossos sonhos nos revela outro mundo, um outro “eu”.

Dormir não é só uma necessidade física em minha opinião, é também uma necessidade espiritual. Então não importa qual o tipo, tamanho, intensidade, ou cor... Nunca deixe de sonhar. =)




P.S. "Os sonhos são ilustrações... do livro que sua alma está escrevendo sobre você." - Marsha Norman

Um comentário:

  1. acho impressionante quem consegue detalhar tudo aquilo que sonha =)
    Eu cheguei aqui pelo título, que é por coincidência, um trecho do refrão de uma música que gosto muito (live with me, do massive attack, mas cuja versão do mark lanegan me é especialmente especial). E engraçado que descobri que você segue um blog de um conhecido meu.
    gostei do blog, vou visitar mais vezes.
    Até =)

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