terça-feira, 29 de outubro de 2013

O Sopro da Vela...



Me desculpe pelos versos tortos, as palavras rasas e as frases curtas.

Mas por hora é o que posso lhe oferecer, declarações de tinta e confissões em papel.

Desde o dia em que lhe vi, meus olhos foram seus.

Evitei ao máximo acreditar, sentir e aceitar que aquilo a cada dia me era mais real.

Conhecer você foi como me redescobrir em um corpo estranho, me olhar no espelho e ver uma forma diferente com uma alma semelhante.

Passei a dividir gostos, experiências e sonhos comigo mesma. Passei a me enxergar quando olhava nos seus olhos.

Você colocava um sorriso fácil no meu rosto.

Sua presença me trazia paz e fazia com que tudo parecesse mais simples, mais leve e possível.

Acordar do seu lado era como um dia de verão no mês de maio. Aquele céu azul e aquele calor ameno fora de época, que faz o seu dia mais feliz.

E por mais que você tenha aparecido sem avisar, foi como se de repente eu tivesse lhe esperado a vida inteira.

Então me apaixonei.

Sei que não foram seus olhos claros, suas palavras doces, ou seus abraços apertados que me conquistaram, mas sim a ilusão que criei dentro de mim.

Não há como, de um dia para o outro, colocar o amor no bolso e voltar a viver uma simples amizade. Essas coisas levam tempo.

É difícil voltar atrás, depois que se expande um sentimento.

E agora já é tarde.

Fui novamente partida em dois.

Você soprou a vela, calou a espera,

E dissipou o que viria depois.

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