quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Querido, Velho Amor...


Ouvi dizer que o amor não acaba, que a vida o transforma. É uma matéria-prima, que vira raiva, ou vira rima.
Acho que nunca foi poesia, apenas uma grande fantasia.
Aquela fantasia bonita, desajeitada, que rima nenhuma é capaz de definir bem.
E foi essa fantasia que eu amei.
Amei nosso primeiro beijo.
Amei a marca de nossos pés na areia da praia.
Amei aquela primeira partida de Top Gear que eu nunca ganhei.
Amei aqueles passarinhos de origami ao sol num sábado na Redenção.
Amei a primeira carta de amor.
Amei todas as juras de amor que fiz e recebi.
Amei aquela ilusão maravilhosa de ser feliz para sempre.
Amei o que fostes para mim e o que deixastes aqui ao partir.
Certas coisas devem ser perdoadas, havendo ou não motivos de perdão.
Então perdoe-me Tempo, por todos os minutos de novas experiências perdidos.
Perdoe-me Velho Amor, por sentir este Novo Amor como se fosse o único em uma vida inteira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

What do you think?